Sexta-feira é dia de cinema na rua

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Projeto promove exibição de filmes nacionais ao ar livre nas periferias de Bauru


Perua adaptada visitou o bairro Falcão na última sexta-feira (13/03), com o filme
 Lisbela e o Prisioneiro. Foto: Ana Carolina Moraes

A Secretária de Cultura por meio do Museu da Imagem e do Som de Bauru (MISB), e em parceria com as Bibliotecas Ramais, realiza sessões de filmes nas ruas nas periferias da cidade com o Cinema Itinerante. Com uma perua Kombi equipada com projetor, tela e sistema de som, o projeto é uma atualização do AnimaBru (mostra de curtas de animação local), e pretende divulgar o cinema nacional em 42 exibições ao longo do ano.

A proposta quer entreter o público. Segundo Luís Henrique Carneiro, funcionário da Secretaria de Municipal da Cultura e responsável pelo projeto, o objetivo do Cinema Itinerante é levar o cinema aonde o público não tem acesso, seja por causa da distância ou dos preços. Tratando o cinema como expressão artística e forma de lazer, Luís ressalta que a intenção é propagar a cultura, sem valer-se do cinema como instrumento de conscientização educativa ou ideológica, afinal, “toda forma de arte, de um jeito ou de outro, vai influenciar quem está assistindo”.

A realização do Cinema Itinerante tem o apoio das Bibliotecas Ramais, que já realizavam algo parecido em seu interior. Ao transportar o cinema para rua, a ideia é ampliar o número de espectadores e interagir com a comunidade. Luís conta que recebe a ajuda dos “vizinhos” para ligar o equipamento na tomada, por exemplo, integrando assim a comunidade ao projeto.

O público, no entanto, ainda está muito aquém do esperado. Luís Henrique aponta a falta de hábito da população de sair da casa para ver um filme na rua como um obstáculo para cativar os espectadores. Além disso, como o cinema é ao ar livre, o projeto fica sujeito às condições climáticas para realizar a exibição dos filmes.

A divulgação das sessões acontece nas Bibliotecas durante a semana e no site da Prefeitura, porém, para a agente cultural Renata Leozampa, ela é insuficiente. Renata comenta que a iniciativa é criativa e necessária às pessoas, mas carece de divulgação efetiva e estímulos. Ele sugere a participação de escolas e outras entidades, tanto como público quanto como parceiro para incrementar desenvolvimento do projeto.

Próximas sessões

O Cinema Itinerante tem exibido o filme Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes. Renata foi também uma dos telespectadoras da última sexta-feira e conta que gostou filme brasileiro: “passa a mensagem de que o amor sempre vence no final, e é assim que eu acredito”. O projeto já visitou dois bairros em março – Progresso e Vila Falcão – e pretende visitar outros cinco, incluindo o Otávio Rasi e o Tibiriçá.

As próximas exibições serão na Biblioteca Ramal do Mary Dota, às 20h00min do dia 20/03, e na Biblioteca Ramal do Geisel no dia 27/03.


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