Economia Criativa como possibilidade de desenvolvimento
As políticas públicas para o setor têm ganhado cada vez mais espaço

Arte: Palácio do Planalto
Nos últimos anos, além da criação do programa Cultura Viva (cujo projeto de lei que o torna política de estado foi sancionado em 2014 pela presidenta Dilma Rousseff) houve também a implementação do Vale-Cultura, que pretende injetar mais de 20 bilhões no mercado da economia criativa. O Plano Nacional de Cultura, por exemplo, tem a meta de aumentar os pontos de cultura, hoje cerca de 5.000, para 20.000 nos próximos 6 anos.
O Ministério da Cultura, além de reestruturar-se, ampliou seu papel no fomento ao debate cultural obrasileiro e, em 2012, criou a Secretaria da Economia Criativa, incialamente presidida por Claudia Leitão, e agora por Marcos André Carvalho. Jamais houve tamanha atenção e esforço do poder público para com os setores culturais.
O que justifica isso?
O Governo Federal, por meio de documentos divulgados pelo MinC, estima que a economia criativa formal represente entre 1,2% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e aproximadamente 2% da mão de obra e 2,5% da massa salarial formal.
A Economia Criativa também tem um crescimento mais acelerado do que a economia tradicional. Em 2011, a média para os anos anteriores era de crescimento de mais de 6% ao ano, enquanto o PIB não passava da média de 3% ao ano.
O grande dinamismo ecônomico criativo põe os setores criativos à frente de outros setores tradicionais, tais como como a indústria extrativa e a produção e distribuição de eletricidade, gás, água e limpeza urbana
Para o FIRJAN, que utiliza o conceito de Indústria Criativa, os números são maiores, e chegam a 2,7% do produto interno bruto. No Reino Unido, líder em participaçãoda economia criativa no PIB nacional, o número chega a 5,8%. Segundo a fundação, isso colocaria o Brasil em quinto lugar entre os PIB’s criativos do mundo, à frente de países como Holanda, Itália e Espanha, conhecidos pela atividade criativa intensa na moda e na música, por exemplo. São cerca de 800 mil trabalhadores criativos formais no país, ou quase 2% de toda a massa trabalhadora brasileira.
O desenvolvimento da área, nos moldes em que têm se estabelecido, apontam a possibilidade desenvolvimento democrático de inclusão cultural e social. A atenção da SEC, Secretaria da Economia Criativa, com os micro e pequenos empresários do setor já mostra que o foco tem sido voltado ao pequenos produtores. Os pontos de cultura, por exemplo, são catalisadores culturais de atividades já existentes. Uma forma de política pública que busca envolver as atividades criativas no lastro do governo federal sem modificá-las, apenas incentivando-as.
A economia criativa é um dos maiores ativos da produção material e imaterial do Brasil.
O futuro parece cada vez mais promissor para os profissionais da economia do novo século.
Para ler mais:
Ipea - Economia criativa é o conjunto de atividades econômicas que dependem do conteúdo simbólico – nele incluído a criatividade como fator mais expressivo para a produção de bens e serviços, guardando estreita relação com aspectos econômicos, culturais e sociais que interagem com a tecnologia e propriedade intelectual.
Acesso neste link
Firjan - Indústrias Criativas são atividades “que têm sua origem na criatividade, na perícia e no talento individual e que possuem um potencial para criação de riqueza e empregos através da geração e da exploração de propriedade intelectual.”
Acesso neste link
SEC - Plano da Secretaria da Economia Criativa; “Na primeira etapa do nosso Plano definimos Economia Criativa a partir das dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas a partir do ciclo de criação, produção, distribuição/circulação/difusão e consumo/fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica."
Acesso neste link
UNESCO - Creative Economy Report 2013
Acesso neste link
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SEC - Plano da Secretaria da Economia Criativa; “Na primeira etapa do nosso Plano definimos Economia Criativa a partir das dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas a partir do ciclo de criação, produção, distribuição/circulação/difusão e consumo/fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica."
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UNESCO - Creative Economy Report 2013
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Publicado em Portal Participi.
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