Potencial criativo [e inclusivo] do território de Bauru!

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Não há cidade criativa sem políticas públicas globais e sem a inclusão dos seus agentes criativos, em especial dos que se encontram em condições de vulnerabilidade social


Bauru tem potencial para se converter em uma cidade criativa.

Compreende-se como cidade criativa aquela que tem possibilidades de ampliar sua capacidade de gerar emprego e trabalho com a mobilização dos seus recursos intangíveis – imaterial -, centrado na criatividade potencial de seus habitantes .
No mapeamento realizado pelo Núcleo de Estudos e Observação em Economia Criativa – NeoCriativa/UNESP – dos Arranjos Produtivos Locais Intensos de Cultura – ApliC –, viu-se a presença insipiente de células criativas e de possibilidades de conexões entre elas, nas diversas linguagens artísticas.
De acordo com os estudos realizados no âmbito da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento [Unctad], uma cidade criativa tempotencial quanto seu território é ocupado por núcleos de criação em diversas linguagens artísticas, distribuídos em cadeias produtivas enraizadas.E Bauru tem essas características.
Seu território tem uma extensa rede de criação, produção, distribuição e fruição cultural [teatro, música independente, artes plásticas urbanas, literatura, artesanato, arquitetura, games, produção de conteúdo digital, patrimônio imaterial, diversidade humana e cultural, capoeira, escola de samba].A cidade tem as condições materiais – sistemas universitário e social de produção de conhecimento –, as condições subjetivas – núcleo de formação de agentes criativos – e os recursos necessários – materiais e imateriais – para converter-se numa cidade criativa.
O quê ela não tem [ainda]: política pública consistente [vertical – recursos orçamentários próprios para toda a cadeia de criação cultural – e horizontal – relações dinâmicas e sistêmicas com as demais áreas da administração pública –planejamento e econômica].
Esse é o desafio para a administração pública e para os agentes criativos do território.
O mapeamento dos ApliC, a identificação dos seus espaços criativos [territórios e subterritórios], a mobilização dos seus agentes[criadores, produtores, distribuidores e fruidores de bens, produtos, sistemas e processos culturais] são condições necessárias para a formulação de políticas públicas, capazes de impulsionar a cidade para sua vocação criativa, como mostram os projetos das periferias do mundo .
Não há cidade criativa sem políticas públicas globais [consistentes e permanentes], e sem a inclusão dos seus agentes criativos [em especial, dos que se encontram em condições de vulnerabilidade social].

Publicado em Portal Participi.

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