Economia Criativa, Futebol e Copa do Mundo
Como outros aspectos da cultura do Brasil, o futebol é uma riqueza, um patrimônio cultural. Deve ser visto e tratado como tal, pois também carece de políticas públicas e pode gerar muito mais sorrisos do que gera hoje.
Entre os dias 12 de junho e 13 de julho de 2014, o Brasil sediou um dos eventos esportivos mais populares do planeta, a Copa do Mundo. A despeito das ruidosas previsões negativas, o evento foi um sucesso.
O Brasil vive um momento político agitado, e as demandas sociais históricas urgem por soluções. As eleições presidenciais chamam o povo às urnas, e um momento interessante da política brasileira parece aflorar. Afinal, as manifestações são rotina e os movimentos sociais crescem em participação e ação, como é o exemplo do MTST.
O grosso desse movimento político que segue, desde junho de 2013, convergiu em críticas fortes aos custos da Copa para o país meses antes de seu início. Mas, assim como esperado, o “não vai ter copa” caiu em desuso no momento em que o torneio começou.
Dentro de campo, o esporte nos brindou com belos jogos e grandes surpresas, levando a população brasileira a vibrar novamente com o futebol. E ao que parece, depois da nuvem que passou junto com a competição, o alvo dos protestos, a FIFA, saiu com a imagem mais manchada do que o governo.
A paixão pelo futebol, no entanto, permanece. Essa paixão, que direcionou a atenção de bilhões de consciências em direção aos estádios da Copa, é um rico fenômeno cultural, enraizado nos mais diversos países. No Brasil, o está espalhado por todos os lugares. Durante os jogos da seleção brasileira na Copa, por exemplo, boa parte do comércio fechou as portas. O país parou para assistir aos jogos, como de costume. Algo parecido, somente no Carnaval.
O futebol também faz parte do universo da economia criativa devido a seu enorme apelo simbólico nas culturas mundo afora. A partir dele nasce a produção de filmes, propagandas, games, produtos televisivos, de moda, jornalísticos, arquitetônicos (estádios), além do turismo, que durante a copa do mundo gerou receitas enormes para a economia brasileira.
Já antes da Copa, a FIFA projetava lucro astronômico para si com o evento, resultado do controle exclusivo sobre uma das maiores indústrias criativas do mundo. O termo, indústria criativa, está incluso dentro do universo da economia criativa, e trata da produção e distribuição em larga escala de certos produtos culturais, como é o caso do futebol.
No entanto, a FIFA é a única detentora do esporte e dita regras não só aos países sede, mas também às confederações nacionais, como o caso da CBF. A transmissão do evento é exclusiva, e as redes de televisão ficam à mercê do gosto da federação internacional.
Por meio do poder que exerce, a FIFA não permite intervenções estatais no futebol. Esse ano, por exemplo, após interferência do governo Nigeriano em sua confederação de futebol, a FIFA suspendeu o país de suas competições.
O futebol é para o Brasil um patrimônio imaterial, gerador dos mais diversos produtos simbólicos e riquezas, além de face latente da identidade nacional. Porém, nossa confederação nacional, está há anos mergulhada em gestões corruptas, tão criticadas quanto a seleção brasileira, em crise. Qualquer interferência do Estado na confederação, no entanto, é proibida por exigência da FIFA. Assim, segue no futebol brasileiro o que o Coelho, jornalista Paulo Vinícius, colunista da Folha de São Paulo, chamou de sistema feudal.
Como outros aspectos da cultura do Brasil, o futebol é uma riqueza, um patrimônio cultural. Deve ser visto e tratado como tal, pois também carece de políticas públicas e pode gerar muito mais sorrisos do que gera hoje.
O Brasil vive um momento político agitado, e as demandas sociais históricas urgem por soluções. As eleições presidenciais chamam o povo às urnas, e um momento interessante da política brasileira parece aflorar. Afinal, as manifestações são rotina e os movimentos sociais crescem em participação e ação, como é o exemplo do MTST.
O grosso desse movimento político que segue, desde junho de 2013, convergiu em críticas fortes aos custos da Copa para o país meses antes de seu início. Mas, assim como esperado, o “não vai ter copa” caiu em desuso no momento em que o torneio começou.
Dentro de campo, o esporte nos brindou com belos jogos e grandes surpresas, levando a população brasileira a vibrar novamente com o futebol. E ao que parece, depois da nuvem que passou junto com a competição, o alvo dos protestos, a FIFA, saiu com a imagem mais manchada do que o governo.
A paixão pelo futebol, no entanto, permanece. Essa paixão, que direcionou a atenção de bilhões de consciências em direção aos estádios da Copa, é um rico fenômeno cultural, enraizado nos mais diversos países. No Brasil, o está espalhado por todos os lugares. Durante os jogos da seleção brasileira na Copa, por exemplo, boa parte do comércio fechou as portas. O país parou para assistir aos jogos, como de costume. Algo parecido, somente no Carnaval.
O futebol também faz parte do universo da economia criativa devido a seu enorme apelo simbólico nas culturas mundo afora. A partir dele nasce a produção de filmes, propagandas, games, produtos televisivos, de moda, jornalísticos, arquitetônicos (estádios), além do turismo, que durante a copa do mundo gerou receitas enormes para a economia brasileira.
Já antes da Copa, a FIFA projetava lucro astronômico para si com o evento, resultado do controle exclusivo sobre uma das maiores indústrias criativas do mundo. O termo, indústria criativa, está incluso dentro do universo da economia criativa, e trata da produção e distribuição em larga escala de certos produtos culturais, como é o caso do futebol.
No entanto, a FIFA é a única detentora do esporte e dita regras não só aos países sede, mas também às confederações nacionais, como o caso da CBF. A transmissão do evento é exclusiva, e as redes de televisão ficam à mercê do gosto da federação internacional.
Por meio do poder que exerce, a FIFA não permite intervenções estatais no futebol. Esse ano, por exemplo, após interferência do governo Nigeriano em sua confederação de futebol, a FIFA suspendeu o país de suas competições.
O futebol é para o Brasil um patrimônio imaterial, gerador dos mais diversos produtos simbólicos e riquezas, além de face latente da identidade nacional. Porém, nossa confederação nacional, está há anos mergulhada em gestões corruptas, tão criticadas quanto a seleção brasileira, em crise. Qualquer interferência do Estado na confederação, no entanto, é proibida por exigência da FIFA. Assim, segue no futebol brasileiro o que o Coelho, jornalista Paulo Vinícius, colunista da Folha de São Paulo, chamou de sistema feudal.
Como outros aspectos da cultura do Brasil, o futebol é uma riqueza, um patrimônio cultural. Deve ser visto e tratado como tal, pois também carece de políticas públicas e pode gerar muito mais sorrisos do que gera hoje.
Publicado em Portal Participi.
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